Governo promove encontro inédito entre ouvidores do Estado 07/11/2019 - 10:10

O Governo do Paraná vai melhorar o contato com o cidadão pelas mais de 70 ouvidorias distribuídas em secretarias e empresas estaduais, incluídas as instituições de ensino superior. A Controladoria-Geral do Estado reuniu nesta semana o primeiro encontro com representantes da área de vários órgãos públicos e vai propor a criação de um conselho consultivo para casos de maior complexidade.

Desde a criação da CGE, em 2013, e a incorporação da Ouvidoria-Geral, esta foi a primeira oportunidade que os ouvidores tiveram para compartilhar experiências e aprimorar a atuação. A iniciativa foi elogiada pelos participantes, que citaram ter sido esta a primeira reunião de integração da rede de ouvidoria.

“Seguimos a diretriz do Governo de construir um Estado voltado a atender as necessidades da população, com atenção à ética e probidade”, afirmou o controlador-geral do Estado, Raul Siqueira. Segundo ele, os servidores que trabalham nas ouvidorias oficiais são o rosto do governo, talvez o principal meio para o cidadão se posicionar quanto à administração pública.

Luiz Fernando Neto de Castro, coordenador de Ouvidoria, na CGE, explicou que o encontro da rede de 76 ouvidorias do Poder Executivo deve se tornar periódico. “Além da integração, troca de experiências, o propósito do encontro é promover uma formação aos servidores que atuam na área e alinhar o atendimento, para que haja um padrão no contato com o cidadão”, disse.

SEGURANÇA - Entre os resultados do encontro estão a proposta de criação de um conselho consultivo para verificar casos com maior complexidade, como, por exemplo, denúncias contra servidores estaduais. Os participantes também montaram um grupo para se comunicar e fortalecer suas atuações.

As palestras e dinâmicas oferecidas no encontro surpreenderam Maria Luíza Veloso, do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social), que está há pouco tempo na Ouvidoria da instituição, que pôde tirar dúvidas sobre o uso do sistema. “Importante também foi a troca de experiências, pois assim podemos ter segurança na atuação”, comentou.

Margarete Maria Lemes começou a trabalhar na Ouvidoria da Secretaria da Educação, em 2016, e desde então tinha a expectativa da integração entre os ouvidores da rede do Estado. “A iniciativa da CGE de agregar as pessoas é de grande valor. As ouvidorias precisam de referencial teórico, estratégico e de métodos, pois cada um tem uma forma de atuação. Essa unificação de metodologia otimiza recursos e pessoas e fortalece o grupo, além de melhorar o atendimento”, afirmou.

Stiverson de Oliveira trabalha há 15 anos na Sanepar e há oito meses está na ouvidoria da estatal. Ele reforçou a importância da integração entre os ouvidores, com troca de informações e debate entre opiniões diversas. “Esse encontro contribui para o crescimento das ouvidorias. O conhecimento e essa integração faz com que nosso atendimento seja mais minucioso”, avaliou. “Ouvir é sempre um grande desafio”, acrescentou Oliveira.

MEDIAÇÃO – Também novato na área, Fabrício Moura, começou a atuar na Ouvidoria da Cohapar neste ano. “Quem trabalha na ouvidoria deve saber tratar uma informação técnica e traduzi-la para uma linguagem mais acessível. Nosso papel é de intermediador”, resumiu Moura. Porém, para ele o setor não se restringe a resolver problemas do cidadão, mas as informações podem colaborar com a melhoria da administração pública. “Com o conhecimento que quais áreas geram mais insatisfação da população é possível sugerir melhorias e diminuir problemas. Por isso é importante treinamentos como o promovido pela CGE e o fortalecimento da rede de ouvidores”.

O trabalho de mediação foi reforçado por Mário Gurski, que trabalha há mais de 10 anos na Ouvidoria da Copel. “Muitas vezes os conflitos são gerados por mal entendimento da situação. A ouvidoria atua para ver se a empresa está correta na prestação do serviço e se o consumidor está sendo atendido na sua expectativa. É uma oportunidade para que a empresa possa melhorar seus procedimentos internos”, disse Gurski.

PALESTRAS – Também falaram aos ouvidores Jamil Abdanur Júnior, diretor de Gestão e Inovação da CGE, e Matheus Gruber, coordenador de Transparência da controladoria.

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