O trabalho para implantar a cultura do compliance no Governo do Paraná exige muito preparo, pois o Estado é a primeira experiência dessa natureza no Brasil, para combate à corrupção. O treinamento das equipes da Controladoria Geral do Estado – CGE e das três secretarias que começam a implantação neste mês teve mais uma etapa nesta sexta-feira (01). O professor Paulo Henrique de Freitas, membro fundador do Comitê Brasileiro de Compliance (CBC) e integrante da Câmara de Comércio Internacional – Brasil, explicou a importância do conceito na administração pública.

As secretarias participantes são a de Desenvolvimento Urbano, de Infraestrutura e Logística, e a de Planejamento e Coordenação Geral. Cada uma tem seu Núcleo de Integridade e Compliance – NIC, com agentes de Controle Interno, de Transparência e Ouvidoria, e de Compliance. Para Freitas, a importância dessa aplicação é melhorar o trato da coisa pública. “É uma das formas de o Estado defender o interesse público, com controle de risco das atividades e ações”, declarou.

O professor explicou que compliance vai além de monitorar o cumprimento de leis e regulamentos, mas estabelece uma política de confiabilidade. “A iniciativa privada já adotou esse modelo, construindo uma nova cultura empresarial, agora temos que transpor esse sistema para a administração pública. Esse movimento é mundial e o Paraná mostra que está em consonância com a administração moderna”, completou.

A aula informal, no gabinete do controlador-geral, Raul Coccaro Siqueira, reuniu as equipes, que puderam tirar dúvidas e aprofundar o conhecimento no tema. A CGE está à frente da implantação do conceito de compliance no Estado e o controlador-geral é seu ferrenho defensor. Ele não pôde participar do encontro mas explicou que as ferramentas e modelo de compliance garantem mais confiabilidade às ações do Governo do Estado e aumentam a transparência de todas as atividades.